Outro dia
me peguei observando a opinião de internautas e pessoas que convivo, a respeito
do término do relacionamento do cantor Gusttavo Lima e da modelo Andressa
Suita. Observei, que por muitos momentos, as pessoas se mostraram desacreditadas
do amor. Assim como aconteceu quando os jornalistas Willian Bonner e Fátima
Bernardes anunciaram o término do casamento. Entre tantas outras figuras
públicas.
Sempre que
algo desta natureza acontece no mundo dos famosos, me remete à história de uma
anônima muito próxima: a minha. Em 2015, quando resolvi dar um basta e parar de
viver de aparências em meu casamento, as pessoas que comigo conviviam e tinham
a acesso a mim e ao meu ex-marido, se mostraram abaladas de modo que nem eu
tenha ocupado tal comportamento. É certo que quando uma relação termina, uma
parte se mostrará e, talvez, faça questão de se comportar de modo mais fragilizado
que a outra. E na época, eu fui a figura fortona (Deus sabe o que passei enquanto casada!) que não me compatibilizei com
as opiniões externas e segui minha vida passo a passo. É claro que eu não vou
mentir e dizer que quando eu passava nas ruas os olhares de julgamentos não me
incomodavam... Mas, fiquei surpresa do tanto de gente – do meu convívio e não -
que me procurou para expor situações conjugais, me pedindo conselhos de e se
deveriam ou não se separarem. E a resposta sempre foi a mesma: a sua história é
diferente da minha, um divórcio não acontece da maneira mais feliz, então,
prefiro não opinar.
O que as
pessoas não se atentam quando é anunciado o término de um relacionamento, é que
a história já não ia bem faz tempo, e, possivelmente, já havia acabado. E que a
separação que causa tanta comoção aos arredores, talvez, se conceitue em decisões
que a maioria gostaria ou deveria tomar, mas, não tem coragem – por vários
fatores (des)estimulantes.
O que eu aprendi
e entendi – que provavelmente uma galera precisa se atentar, é que aquela união
matrimonial que temos nossos avós como modelo, já não faz parte do cenário há
muito tempo. Sim, o amor existe, mas, a ‘felicidade’ não é consistida em uma somatória
de anos, mas do tempo necessário de vida do ciclo em questão. Nem que este seja
duradouro por uma soma de minutos. Ah! E que cada um tem sua vida individual e
a oportunidade de construir sua própria existência. Se basear e se idealizar na
história do outro, é um pecado contra si mesmo.
Thaís Livramento
26 de
outubro de 2020
Dueto de gigantes: Raulzito e Zé Ramalho - 1984
"Medo da Chuva"
(Raul Seixas)