quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Notável

Depois do meu nome, o que mais gosto em mim
é o meu sorriso. Lindo e notável!
Sou uma mulher cheia de sentimentos,
Desejos, ambições, fragilidade e enigmas.
Prefiro ser opaca do que transparente ou translúcida.
Talvez lúcida.
As coisas opacas são mais notadas,
As transparentes deixam a visão ultrapassá-las.
Não é interessante que alguém enxergue
Algo além de mim, por mim.
Quero que seja pra mim e em mim.
Se for pra ser translucida, prefiro não estar.

Thaís Livramento
30/08/2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Espelho, espelho meu...

Ah, se eu pudesse voltar ao passado
E cogitar a possibilidade de não errar!
Como me arrependo, como me condeno.
Se eu pudesse não ter feito o contato inicial,
Se eu pudesse evitar a pior das ações.
Sim, eu sei que Deus perdoa
E quem deveria me desculpar, desculpou.
Ninguém vai apontar o dedo pra me julgar,
Até porque, apenas exijo o que é meu.
Quando existem atos concretos
As palavras não se espalham no vento.
Meu gênio forte me atrapalha,
Meu coraçãozão também.
Eu quero e vou estar sempre como hoje:
Ao acordar, me senti melhor ao me olhar no espelho.

Thaís Livramento
30/08/2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Plunct Plact Zum!

Gente, eu nunca imaginei receber um presente como este.
Meu irmão Júnior Eler sabe bem o que é magia. Este jornalista encanta a mulherada por onde passa, e fascina a única irmã que tem: Eu!
Leio e releio este presente que está incluído entre os poucos e melhores que já recebi. 

Nós, após cobertura jornalística

Tempos atrás Thais Livramento me contou um sonho que eu, sinceramente, desejei ter sonhado. Ela estava nada mais nada menos que na Plunct Plact Zum, a nave construída pelo doido do Raulzito e pilotada pelo, claro, piloto oficial doidaraço Seu Moço! Putz grila... Imaginei a Livramento, o Raul e Seu Moço num mesmo ambiente e, ave maria, numa nave espacial.

Ah, eu na Plunct Plact Zum... Seu Moço, meu chegado! Chegue aí, não me deixe aqui! Eu sei, meu camarada, que tem tanta estrela por aí... Mas como não chegou a minha vez ainda, talvez por inveja, tirei essa história da cabeça. Então a Carimbadora Maluca da Thaís foi submetida (que palavra esquisita) a uma cirurgia. Entrou no bisturi morrendo de medo. Até pediu oração pra ateu. Eu! Hehehe!

Deixei os seres imaginários de lado, por enquanto, e chamei minha irmãzona – ou Irmã Zona – no pensamento. Essa moça é tão grandona, tão gatona, tão amada, tão mandona. Com rima e tudo, fui lembrando da danada. Mas dá nada. Thais se especializou na arte de pecar sem sentir culpa, rir sem motivo, “fazer comédia no cinema com as suas leis”. Quando a conheci, chorava pra beber, e bebia até chorar. E foram nas butecâncias mesmo que construímos uma amizade – feita com sinceridade e muito, muito efeito etílico, de fermentadas e destiladas. Bebidas de todas as cores, sentimento sem dores, um brinde aos amores, e mais um tantão de conversa de bêbado pra aproveitar a rima.

Guinna, meu bródi, conhecido nas linhas clandestinas como o ‘Gui da Pochete’, mais dia menos dia será canonizado. É ele quem assina o B.O. Thais é casada com o cabra, que laçou lá num tal de Sertãozinho do Trem Bão. Mas esse texto tá é meio chato. Vou enfiar uns palavrões, daí vai ficar melhorzim. Então tá. Guinna, aprendiz de vigarista, morava lá no Cu de Minas e achou que Thais era rica. Coitado. E essa também engana bem. Um enganou o outro (será?) bem lá na tal da facul. Entre uma cachaçada e outra, se formaram, casaram, mudaram e foram parar em Pinheiros, a terra do Antônio da Emater. Êta prefeitão... Terra também de Maria Aparecida Pereira e Seu Antônio, os santos escolhidos pelos Céus para cuidar da Thaís. Porque pra cuidar dela tem que ser mesmo santo.

Tão sutil quanto um elefante numa loja de cristais, Thais foi entrando na minha vida, achando atalhos num coração marginal de moço vadio, e acabou impregnando uma concepção toda especial de família. Já me fez sair de Sãma, com seus rios, mar, encontros de rios com mar, para ir a Pinheiros ganhar um abraço dela e de tudo que a cerca. Daí eu fico, fico, fico, até começar a conversar sobre receitas – então dou um quebra de asa. Aí também já é demais. Macho é macho. Não conversa sobre receitas.

Ah, a Thais. Tem alma que brilha, é sensível como toda mulher de verdade e batalhadora como todo ser guerreiro. É da guerra e é da paz. Às vezes não consegue distinguir uma coisa da outra. Mas aí tanto faz. É mãe sem ainda ter parido. É filha única mesmo tendo mais irmãos. É única num planeta de 200 bilhões de habitantes.  É dona de empresa de publicidade e de jornal e continua quebrada quem nem Jó. Tem um marido apaixonado, uma família honrada e um milhão de amigos. Mesmo assim às vezes chora reclamando que tá sozinha no mundo. Vai entender...

O fato é que lembrei da jagunça de Pinhas e imaginei sua cara de desespero ao olhar pro tal do bisturi. Fechei os olhos e transformei o bisturi numa rosa azul. Dormi tranquilo e feliz. Ela eu não sei. Mas as notícias foram chegando e não eram as que esperávamos. Liguei pro Guinna e reclamei: “Puta merda Guinna, ainda não foi dessa vez que nos livramos da megera!”. Nosso plano deu todo errado. Dizem que todo doido é imortal...

E ela tá de volta. Beijando, abraçando, afagando, zangando, fazendo ecoar seu sorriso pelos quatro cantos do Vale do Cricaré e da Doce Terra Morena. Ah, o ar da nossa aldeia...

E a noite virou dia, que virou noite, depois novamente essa putaria e estava eu, no quintal de casa na Ilha, deitado na rede olhando pro Céu minguante quando lembrei do sonho da Thaís. “Filha da puta!”. Danada essa menina. Me contou o seu maior segredo secreto e eu nem tinha me dado conta. Quando ela some, finge que vai ver bisturis e coisas do tipo, na verdade tá é agarradinha passeando na Plunct Plact Zum. E pelo que conheço da fera, nessas alturas Seu Moço certamente já fica jogando pôquer com um anjo embriagado na asa da nave – e do lado de fora – enquanto Thais assume o controle da bagaceira. Isso tudo ao som de Raulzito e numa velocidade de milhões de anos-luz.

Bem, até que não chega a minha vez de entrar nessa nave que a Thais tem cadeira cativa, vou perseguindo meu sonho surfando de carona na calda de um cometa. No rastro da Plunct Plact Zum. O que, acreditem, também é uma viagem e tanto.

E vamos partindo sem problema algum. E sim, não sabemos pra onde vamos. Mas foda-se. É só apertar os cintos “e boa viagem”.

Júnior Eler

sábado, 20 de agosto de 2011

Diretoria e RH



Meu marido e eu temos duas empresas de comunicação: o Jornal “O Capixaba” e a Agência de Publicidade e Propagada “Focar Vídeo Produção e Marketing”. Ontem fizemos uma reunião com os colegas que compõe nossa equipe para avaliar a satisfação de cada um, e eu fiquei mais que feliz. Além dos (meus) meninos terem sido francos (como sempre são, isto é uma bênção!), um deles resumiu os empreendimentos da seguinte forma:
As empresas são divididas entre Diretoria e RH. O Agnaldo é responsável pela administração, dirigir a organização. Já a Thaís é o nosso RH, que sempre conversa com a gente, brinca, puxa orelha, nos ouve, troca ideia, e às vezes é até nossa psicóloga!
Nem precisa falar que eu não sabia se ria, ou se chorava de felicidade, né?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E Foi Assim

Eu choro fácil
Às escondidas.
Os motivos são os mais banais
Para quem está de fora.
Ontem chorei ao ver uma história
Na televisão.
Se a televisão me deixou burra?
Não sei.
Mas fui burra porque
Chorei por você.
E foi assim...

Thaís Livramento
15/08/2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Saber Amar

Sim, eles eram felizes!
Lembro como se fosse hoje quando sentava para papear com o vovô Tião. Ouvir as histórias dele era tão bom quanto absurdo. Vovô contava tanta mentira, que no dia seguinte eu pedia para que ele repetisse a história e ele sem lembrá-la dizia: “Esta não tem graça, tem outra melhor!” E já surgia outra história que eu mal sabia se podia passar adiante...
Sempre focado no estado que não escondeu a paixão eterna, vovô contava histórias de sua juventude nas Minas Gerais. Guardo flashes de muitas, mas, uma jamais vou esquecer. Quando era solteiro e morava no nordeste mineiro, vovô fazia muito sucesso com as mulheres. Um homem sempre bem apresentável, cuidadoso, higiênico e galanteador sabia como conquistar as mineiras.
Na sala, sentado na ‘poltrona do papai’, de frente pra televisão e olhando para o passado, vovô me falava sobre Ambrosina, uma das filhas do Teófilo Otoni. Ele descrevia essa mulher com tanta serenidade... Falava dos seus cabelos, seu olhar, sua pele, sua feminilidade, sua cor...  Tudo como um homem apaixonado descreve uma mulher.
Interessada no assunto, e afim de ‘botar pilha’ para constatar se era mais um dos contos reais apenas na cabeça dele, perguntei:
- Se a Ambrosina era esta mulher maravilhosa que está falando, e ainda por cima filha de um homem bem representado e respeitado na sociedade como o Teófilo Otoni, por que se casou com a vovó Iracy, e não com ela?
Sem pensar duas vezes e suspirando, respondeu:
- Porque ela não tinha o encanto da sua avó!
Thaís Livramento
09/08/2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

De Fotografias


Parei pra ver fotografias
Que para muitos seria nostalgia.
Pra mim não, é saudade.
Minha cabeça dói
E minha consciência também.
Eu devia ter mantido aquele perfil...
Aquela foto do casal dançando remete
Boas lembranças
E convivência feliz.
Duas amigas que não se falam,
Duas que se distanciaram,
Corpos não identificados,
Corpos diferenciados.
Amores perdidos
Amores bandidos.
Perdidos, esquecidos ou esquisitos.
Gente nova apareceu,
Gente nova tá pra surgir.
Gente que não mais existe,
Gente que sim e não insiste.
A convivência não é mais a mesma,
As lembranças sim, estas não mudam.

Thaís Livramento
03/08/2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Obrigada, Fê!!!

Quero aqui compartilhar com vocês este selinho que a Fernanda Bastos, do Blog Castelo das Ilusões, me presenteou. 

Para quem não conhece o Blog da Fê, visite! http://castelodesilusoes.blogspot.com
Fica a dica que com certeza faz valer!