quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Super-Ação



Marquim, Fofão, Luciane, Gui, eu, Murillo e Jhessica


Localizada a 22 km de centro de Boa Esperança, a Pedra da Botelha é considerada o cartão postal do Município. O local atrai aventureiros de toda parte para a realização de escaladas, rapel, vôo de parapente, e caminhadas ecológicas. Hoje em Pinheiros é feriado municipal: Dia do Evangélico. Para aproveitar a folga, um grupo de 7 amigos resolveram escalar a Pedra da Botelha, e neste grupo quem estava? Eu mesma! :-) 

Confesso que topei esta aventura mais pelo Gui, que se amarra em esportes radicais e mais uma série de ‘programas de índio’. De tanto eu ouvir dele que sou muito ‘urbaninha’, aos poucos estou mudando por dois motivos: para agradá-lo e para me permitir vivenciar novas situações.

Gui e eu acordamos cedinho para prepararmos lanche, garrafa de água e mega dispostos para completarmos o percurso de 5220 metros de altitude. Como combinado, nos encontramos com o grupo e pegamos estrada. Para chegarmos ‘no pé’ da Pedra da Botelha, gastamos cerca de 1 hora de carro, entre asfalto e estrada de chão. Animados e todos super empolgados para iniciar a aventura, Fofão, que realizou o percurso hoje pela 14ª vez, nos tranquilizou e disse que não era pra ter pra ter pressa, que o bacana da subida era vencer o percurso e estar em contato com a natureza. Ah! Esqueci de 1 detalhe: tirando Fofão, apenas 1 pessoa estava fazendo o percurso pela segunda vez, o resto era todo de marinheiros de primeira viagem. 

Logo no início, já vi que talvez, ‘aquilo’ não fosse para mim. Pensei em desistir antes que o meio do caminho chegasse, mas o grupo não permitiu. Até porque, o trajeto é todo de pedras, mata fechada, muito cipó, pedras lisas e cascalhos, animais selvagens, insetos... Algo que se alguém não fosse voltar comigo, seria impossível. E como eu entendi que era, segui. Entre trancos, barrancos, derrapadas, partes do corpo raladas, muita sede, busca de muita disposição, calor, trabalho em equipe e vontade de chegar logo, completamos o percurso da subida em 1 hora e 50 minutos. 

Ao chegar ao topo da Pedra da Botelha, Todos nós ficamos maravilhados. Fizemos um momento de oração na delícia de estar em contato com a natureza, em um lugar que o homem não modificou. Fiquei impressionada com o jardim das bromélias. Isto mesmo, naquela altitude, nasce lindas bromélias nas pedras, entre outras plantas. Pude encontrar situações que jamais vi de perto. Talvez acreditasse que existia, mas ali eu estava vivenciando e vendo com meus próprios olhos. 

Conhecemos o local, passeamos, tiramos uma pancada de fotos. Mas o cenário natural ‘ofuscava’ qualquer gracinha ou pose que buscávamos. É impossível competir com a natureza! 

Após um passeio de cerca de 1 hora pelo topo, resolvemos descer. Eu já cheguei lá em cima com a seguinte ideia: ‘a subida foi tensa, mas pra descer, todo santo ajuda. ’ Eu só não sabia que estava completamente enganada!

Para descer foi muito mais difícil. Já estávamos cansados da subida, o sol estava fritando a moleira e o corpo todo, nossa água acabou antes da metade do percurso... Teve até quem perdeu a sola dos tênis e até quem os perdeu por inteiro e teve que concluir a descida descalço. Comigo o que aconteceu, foi ter a minha calça descosturada e eu ficar com a calcinha super a mostra! Hahahahahahahaha... É verdade, como desci grande parte do percurso ‘de bunda’, a linha da costura rompeu e deu no que deu! 

Em vários momentos da descida, eu não pensei em desistir, pois sabia que precisava concluir a chegada para ir embora. Se eu desistisse, ia ter que morar ali pra sempre, e como diz o Gui, eu sou muito ‘urbaninha’ pra isto. Confesso que me desesperei em vários momentos, até mais do que na subida. Minhas pernas tremiam, eu perdi o jogo dos braços várias vezes, tive a sensação de desmaio e até chorei. Mas a equipe estava ali comigo o tempo todo. Tipo, todos do grupo encontraram dificuldades (mesmo os mais experientes) mas, quero dividir com vocês a minha experiência.

Após 2 horas e 40 minutos de descida, nem tínhamos força para comemorar, mas, com corpos cansados, enxergamos no rosto de cada um, um imenso sorriso de satisfação. Entramos nos carros e seguimos para nossas casas: cansados, com muito calor e famintos! 

Desta experiência eu tirei a seguinte conclusão, embora dissesse por várias vezes em meus momentos de desespero que nunca mais voltaria lá: após escalar a Pedra da Botelha, passarei a ver a vida com mais atenção, cautela e confiar mais em mim, pois sei que nesta aventura tive uma superação. O próprio Gui disse que em tempos atrás eu nem aceitaria a ideia.

Subir a Botelha não foi fácil, e assim é a vida. Precisamos enxergar bem onde pisamos, nos apoiar em quem realmente confiamos, saber que vamos escorregar e tropeçar, encontrar dificuldades absurdas e não podemos deixá-las tomar conta da gente. As dificuldades existem e devemos agir diante delas com muita sabedoria, por mais que o desespero, choro e fraquezas surjam. Para chegar ao topo, é preciso de garra, perseverança, pessoas confiáveis, entender que somos parte de um conjunto social e saber que é preciso partilhar as coisas na vida, independente do que seja. 

Para iniciarmos um projeto em nossas vidas, às vezes é necessário deixar a experiência que obtivemos sucesso ao chegar no topo, percorrer o caminho de volta – que pode ser mais demorado do que as conquistas – e começar tudo do zero. Voltar pra casa é apenas um detalhe confortável, de que temos um lar com comida, água, roupas limpas, família e um lugar aconchegante para descanso. Muitas vezes, perdemos muito tempo reclamando do que não compensa e esquecemos-nos de ser gratos pela estrutura que temos, que em vista de muitos menos favorecidos economicamente, é aristocrático.

Sei que pode parecer ‘narcisismo’ dizer que reconheci minha superação, mas deixo claro que esta não é uma autopromoção. É apenas uma experiência que levarei comigo para o resto da minha vida, e, como não canso de dizer que o que é bom e faz bem merece ser compartilhado, aqui estou!













segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Horário de Verão




Inicialmente o Horário de Verão me incomoda tanto que resolvi pesquisar sobre a história dele. Descobri que antes de ser adotado no Brasil por questões relacionadas ao baixo custo de energia (o que é uma tremenda utopia!), a ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, numa época em que ainda não existia luz elétrica.

No Brasil, o Horário de Verão foi adotado pela primeira vez em 1931. Desde 1985 o horário de verão é adotado anualmente. 

Se Benjamin Franklin criou o Horário de Verão quando não existia luz elétrica, por que cargas d’água o Brasil adotou este ‘recurso’ quando já estávamos bem acelerados com a invenção de Thomas Edison?

Neste período, os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Além do mais, o uso de ventiladores e ar condicionado torna-se excessivo, o valor da conta de energia vai lá em cima e a ‘ideologia’ principal do Horário de Verão é a economia do consumo, reduzir os custos... Um tanto quanto contraditório com o objetivo!

Enquanto meu organismo se adapta ao ‘novo fuso anual temporário’, sofro efeitos colaterais. Quando estou começando a me acostumar com esta ideia, o Horário de Verão vai embora. Vai entender, né? E que chegue logo 13 de fevereiro de 2013!



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Retomando...


Durante um tempo eu justifiquei minha ausência aqui devido ao período eleitoral. Hoje retorno ao blog com mais tranquilidade. Comentei algumas vezes que sou assessora de um Deputado Estadual que disputou as eleições para prefeito de um município e minhas atividades triplicaram, já que me dediquei à campanha dele também, em horários que não destinava às atividades da Assembleia Legislativa.

Pois bem; nós não ganhamos as eleições. Quando o resultado saiu, me bateu uma tristeza... Como reação normal, chorei. Chorei porque estava tudo acumulado: trabalho excessivo e tensão.  Após ter chorado, me senti leve e agradeci a Deus por mais uma experiência pessoal e profissional que vivi. Caramba, aprendi a me comunicar e a me virar com tudo o quanto é tipo de gente! Sem contar que neste período, sem fazer atividade física e controlar alimentação, eliminei 4 quilos! Hehehehehehehe \o/

Bom, voltando ao assunto da experiência, percebi também que adquiri maturidade ao longo do tempo. Minha cidade tem cerca de 25 mil habitantes e tem a política mais agitada de todo o Espírito Santo. Neste período, muitas amizades foram desfeitas, graças a Deus eu mantive todas e ainda adquiri bons colegas. A política fervorosa em Pinheiros é cultural, as pessoas curtem, vivenciam mesmo, mete as caras e algumas pagam preço caro. Esta foi a primeira vez que entrei para a política, e vi que muita gente espera 4 anos para exorcizar todos os demônios! São atos que nem compensam ser citados aqui, de tão sujos.

Vale dizer também que entrei para a política, mas sempre mantive uma postura profissional e em momento algum esqueci que tenho ética familiar. A minha família é conhecida em minha cidade, não se envolve com política, não manifestam votos e são pessoas muito respeitadoras e respeitadas. Não ia ser eu quem mudaria este cenário, né? :-)

É preciso ter discernimento para lidar com muita coisa...

Bom, a política de Pinheiros terminou e como é um jogo, apenas 1 candidato a prefeito saiu vitorioso. Cabe a nós cidadãos, acompanhar os trabalhos ao longo dos 4 anos e cobrar durante todo o período, não só nos 6 meses que define quem será o próximo administrador.

Na vida é assim: a gente ganha e perde. Eu só havia esquecido como é ruim perder, já que meu foco de perda ultimamente está relacionado apenas à perda de peso! Hahahahaha

Brincadeiras à parte... A tristeza de quem perde é tão grande quanto à alegria de quem ganha. Que todos saibam respeitar o espaço e condição de cada um. O respeito mútuo sempre favoreceu a paz. 


      Tranquila, serena e feliz: assim estou!