quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2.000 e Doce

Dois mil e onze. Parece que foi ontem que este ano começou. Esforços, surpresas, conquistas, desavenças, estremecidas, caídas na real... Dois mil e onze foi um ano um tanto quanto diferente... Conclui o pagamento do meu carro, e continuo andando a pé. Comprei uma casa, e como a minha vida, precisa de reforma e ampliação. Pessoas que foram, passaram, marcaram, partiram, pariram, piraram, voltaram, nunca foram e retornarão. Muita coisa boa que permanece, inclusive a sensação de que o melhor está por vir

Erros e acertos. Depressão ficou pra trás. Ano que vem quero risos, cores, família, amigos, amores e afetos maternais. Quero e preciso de Deus. Quero e vou sair por aí comemorando a leveza de uma conquista que marcará para sempre. Psicológico superado, trabalhado, estudado, conhecido. E a cada passo que é conhecido, percebido o quanto que a dona dele é cheia de complicações. Lágrimas afogarão problemas que marcaram e serviram como exemplo que jamais serão esquecidos. Clamo por paz, como o mundo.

O jornalismo será ainda mais amado. O sucesso do próximo ano superará dois mil e onze contos contados pelos sete reis magos e os três anões.  A publicidade renderá bons frutos, como o amor da profissão. É preciso propagar o que vem de dentro, para quem enxerga o interior. Só enxerga o interior quem vive e sente o amor.

Brigas por favores mal interpretados ficarão pra trás. A expectativa para o ano que vem é a melhor. Problemas? Serão superados, eu sei. Os de todos nós, eu creio. Dois mil e doce, seja bem vindo!


Thaís Livramento
28 de dezembro de 2011

P.S.: Desejo a todos os meus seguidores e visitantes um 2012 repleto de amor, paz, prosperidades, amor, fé e presença constante de Deus. Primeira ou segunda semana de janeiro, estarei aqui deixando meus primeiros Sinais de um ano que será sinalizado por muito sucesso e conquista. Tirei uns dias de folga, para descansar a mente e o esqueleto, para que eu possa entrar o próximo ano mega disposta, pronta para o que der e vier. Problemas? Serão superados, eu sei. Os de todos nós. Amém.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Transmutação


Eler, meu irmão do coração!

_______________________________Júnior Eler

 A tal da falada. Calada. Da noite.
Cães ladram de madrugada roubando meu sono. Esqueço meu sonho, beijo a insônia e escuto o uivar da noite. Ela me conta segredos. Fala-me de baile de máscaras, muito vinho, champagne. Brindes. Tim-tim.

Vejo poeira, tilintar de moedas. Fósforos, cigarros. Pactos feitos à luz de isqueiros. Nossos heróis estão morrendo. Homens de pouca fé dominam o mundo.

Um poeta faz uma música convidando todos a fugir. Alguns vão. Os pianos velhos dos bares ainda tocam rock n’ roll. Mulheres seminuas requebram, sussurram no ouvido, embriagam com o cigarro, roubam pensamentos. Pessoas nas calçadas. Sentadas. Caídas. Becos escuros, ruas largas. Passos lentos. Algumas máscaras ficaram no caminho. Mas dançaram com o diabo à luz do luar e perderam a aposta. Alguns vão.

O morro tomou a cidade e vestiu terno. Tudo virou lama. Aparecem velas, pedem salvação ao salvador. Gritam, choram. Deuses jogam pôquer e se embriagam enquanto pensamos que o Universo gira em torno de nós. Pensamentos bailam. A vida não é um tabuleiro de xadrez gigante? Não somos as cartas da mesa de pôquer, onde o jogo é regado a bastante álcool? Somos ou não somos os devaneios – talvez um sonho – de algum louco jogado numa cela imunda e fedorenta de um hospício escroto? Nós somos deuses? Paranóias assaltam os homens.

  Coisas acontecem. O tempo todo...

Dou tiros no escuro, mato fantasmas. Desapareço na neblina. Escuto tambores. Vejo ases nas sombras. Meu Guardião faz a chuva parar para jogarmos cartas na única mesa seca do bar. Heróis renascem das cinzas. Eu havia abandonado meus anjos e demônios. Tribos dançam em volta de fogueiras. Sempre. Acordam com sede de sexo na madrugada, bebem vinho. Bebem sangue. Saúdam o dia e vão dormir.

O sistema insiste. Abrem-se universos paralelos, a noite contou. Vendem lotes no céu, te mandam para o inferno. Condenam sua alma ao limbo. É um tormento procurar os donos das plaquinhas que informam esta semana estamos trabalhando internamente. O risco era zero. Vejo a ignorância engolir a sabedoria do sábio que pensava que sabia.

Bons ventos pintam meu cabelo de prata...

Uma boa lavadeira lava notícias da noite. Decifra o mapa que leva ao pote e ouro. Duende desgraçado! Os líderes continuam dando choques, não conseguem mais disfarçar o cheiro de enxofre. Soltam bombas. Dados são jogados em cinzeiros sujos. Vinho do dia anterior. Cerveja quente. Um versículo que todos decoram. Mendigos que esmolam. Caos que assanha a noite. Estranha.

Tento não deixar as coisas perderem o sentido. Palavras ditas são descritas com dupla, tripla interpretação pelos ignorantes que dão socos fortes no ar, na mesa do bar, do lar. Sorrisos e gritos sinistros. Dentes rangendo. Lágrimas contidas. É chegada a hora de partir.

Heróis também morrem. Guerreiros também choram...

Ratos rasgam carne humana. Mentes doentias profanam terras desconhecidas. Flores deixam de ser colhidas em jardins sagrados e o inverno consolida o frio em almas perdidas. Nos telões decadentes de cinemas abandonados passam filmes antigos gravados em dias cinzentos. Cometas, gametas, planetas. Nada mais faz sentido.

Egos são massageados com um pouco de poder. Apenas um pouco. Há cheiro de hipocrisia, pó e álcool no ar. A água virou lama, o vinho agora é vinagre que queima gargantas secas de tédio e ócio. O caos dita a sua filosofia. É o inferno. Alguns vão. Bocas são costuradas com pouco dinheiro – apenas um pouco – em troca de uma rápida pausa no pesadelo. Passageiros clandestinos passeiam em busca de luz. Parasitas vagam sem destino, procurando um corpo menos sujo para se hospedarem.

Aplausos calorosos atirados a esmo arrebatam os que estão no palco. Olhos curiosos procuram sorrisos satisfeitos na multidão e encontram apenas gestos subservientes. Num piscar de olhos todos viram juízes, júri, executores. O parque de horrores não quer chegar ao fim. Pistas seguidas à risca trazem de volta as mesmas dúvidas.

Descubro a diferença que míseras vírgulas fazem no cotidiano do sábio, que pensava, que sabia...

Fecho os olhos e ignoro o entrevistado falante. Tudo fica cinza. Ele vai-se calando, falando baixo até ficar mudo. Meu gravador me diz, depois, que o trabalho foi feito. Mas como, se eu não estava lá? Olho o espelho e me vejo vestido com a roupa da ingenuidade. Não é preciso estar lá. Meu Guardião me conta que o círculo foi concluído. Ele fala sobre linhas do Universo Paralelo. Vôos na velocidade da luz. Eu vou.

De longe, muito longe, percebo que os porcos não param de cair, mas a lama não resvala mais em todos. Os náufragos não dormem esperando que a chuva caia. Mulheres dançam para a Lua, ainda existe magia. Senhoras bondosas preparam café quente e forte para os navegantes. Emprestam colchas de lã da família para esquentar homens sedentos por calor.

Ouço tambores me chamando pra aldeia...

Jogo facas no asfalto, sinto as farpas de um assalto. Vejo cartas com muitas marcas. Do alto, perto do rio novo, limpo os olhos no horizonte. Apuro meus ouvidos, me despeço do perto. É perto. É Lua Azul, uma noite me contou Rato Blue. Acontece a simbiose.

Escrevo cartas para meu legado...

Esqueço de cadeiras cativas em ônibus lotados, caminhos certos. Errados. Passaportes falsos para o nada. Esqueço de notícias que nunca chegam, de paranóias que não se vão. Tribos continuam acendendo incensos, queimando velas, fazendo aviões e flores de papel. Dançando. Olhares trocados. Palavras que serão escritas. Descritas. Tudo fez sentido. Acredito em predestinação. Ressurreição. Transmutação. Alguns vão. Outros ficam. Assistem a trilogia. Vivem. Talvez em busca de sinais.
Sinais vitais.



No post “Exercer para Exigir”, meu irmão Jornalista, Júnior Eler, pediu que eu publicasse o “Transmutação”. Por email, ele pediu que eu não modificasse a forma ‘paragrafal’, linhas e afins, porque faz parte da essência da parada. E assim atendi.
É lindo ler e sentir cada linha e entrelinha que ele escreve. Ele tem o dom da palavra que nos dá imaginação.
O cara é foda, eu sei! Sei também que fico daqui, cheia de orgulho...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Natal se aproxima... É o aniversário de Jesus!!! Temos que celebrar a vida!

Abaixo, segue uma matéria (que fiz para ser publicada em meu Jornal) de uma senhora muito sábia que mantém a tradição de fazer presépio Natalino há quase 60 anos. Quem é esta senhora? Minha avó, minha rainha! O orgulho que sinto é tão grande que não cabe em mim...

Tradição Natalina: Iracy Mota monta presépio há quase 60 anos
Pinheiros - A professora aposentada, Iracy Pereira da Mota, ainda brinca de ser criança com o sonho de Natal. Todo ano, ela monta em sua casa, seu presépio natalino já famoso na cidade e aberto ao público, em sua própria residência. A tradição, de quase 60 anos, é renovada a cada Natal - e este ano não é diferente.
Natural de Ataléia, Minas Gerais, ela conta que desde que casou, nunca deixou de montar o presépio natalino. “Onde eu morava, muitas mulheres morriam no parto. Então fiz uma promessa para Nossa Senhora do Bom Parto, para me iluminar sempre que eu fosse dar a luz aos meus filhos. E a promessa foi válida para mim, as mulheres de minha família, amigas, enfim, todas as mulheres. Prometi que enquanto eu tivesse viva, faria o presépio, e assim eu cumpro”, explicou.
Dona Iracy a cada ano abre as portas de sua casa para que o povo possa ver seu presépio, cheio de enfeites e decorações temáticas e eletrônicas. É uma maneira de ela permitir que os outros tenham uma oportunidade que ele não teve. Alessandra Cremasco, visitou o presépio de dona Iracy pela primeira vez e ficou encantada. “Ela é muito criativa, se preocupa com cada detalhe. É mais bonito do que as pessoas comentam”.
Anésia Leite da Fonseca, disse que é impossível não lembrar da tradição que dona Iracy tem. “Dezembro é Natal, é mês de festa e é também mês de visitar o presépio da dona Iracy. Cada ano que passa, ela capricha mais”.
Todo ano, dezenas de pessoas visitam o presépio de dona Iracy, que é montado início de dezembro e desmontado após o dia 6 de janeiro. “Todo ano faço uma reza aqui em minha casa para comemorar o Dia de Reis, que é dia 6 de janeiro. Meus amigos e minha família compartilham desta alegria comigo, que virou tradição. Tem gente que nem preciso avisar que terá o momento de oração aqui em casa, simplesmente comparecem, pois sabem que não falho”, concluiu dona Iracy.
PRESÉPIO
O presépio é uma montagem com peças, que faz referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo. Com o menino Jesus na manjedoura ao centro, o presépio apresenta o local  e os personagens bíblicos que estavam presentes neste importante momento cristão.
De acordo com fontes históricas, o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis no Natal de 1223. O frade católico, montou o presépio em argila na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio). Sua ideia era montar o presépio para explicar as pessoas mais simples o significado e como foi o nascimento de Jesus Cristo.
É tradição em várias regiões do mundo a montagem do presépio na época de Natal. Os presépios podem ser em vários em tamanho e materiais usados. Existem presépios minúsculos e outros em tamanho real. As peças podem ser feitas de madeira, argila, metal ou outros materiais. O mais comum, atualmente, é a montagem dentro das casas das famílias cristãs. Porém, encontramos também presépios em lojas, empresas, praças, escolas e outros locais públicos.

Plano detalhe do miolo do presépio da vovó

Tentei de TODAS as formas, mas não consegui que a segunda foto ficasse na vertical. Inclinem a cabeça aí, e se maravilhem na arte da minha avó! ^^


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Exercer para Exigir

Que é bonito esse lance de ser abstrato o que... Bonito mesmo é sentir a parada, dar oportunidade a quem merece e avaliar segunda chance. Mas só uma segunda mesmo, porque depois vira cachorrada. As palavras surgem após o sentir. Os acontecimentos, antes e depois. Agir por agir não é interessante. Se parece fraqueza, é fraqueza. Mas se aparenta força, nem sempre é. Sentimento é uma parada tão esquisita... Mega sinistra. Dor sem amor é masoquismo. Para o que não é conveniente, exigi por demais, e no lance de fazer diferente, me calei e hoje sofro com isso. Quando eu quero algo momentâneo, tem que ser na hora. Depois perde a graça, torna-se indiferente. Mas quando o foco não é só querer, é necessidade, é fundamental, é sentimento real, uso a sabedoria que Deus me deu, e a cada dia, exerço melhor a forma de usá-la. E uso. O que é pra ser, já nasce feito. Agora, cabe a mim, exercer a minha parte. Cumprir meu dever, para exigir o que é de meu direito. E faço. E sigo. E acontece. E exerço. E exijo. Nem sempre nesta mesma ordem. É desordenado. É sentimento. É verdadeiro. É amor. 

Thaís Livramento
19 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Mudanças

A sociedade tem o péssimo hábito de sentar no rabo e perder tempo falando sobre os problemas, questões e situações alheias. É muito triste sentar em uma mesa de restaurante e alguém logo começar perguntar quem terminou relacionamento com quem, quem ta grávida de quem, quem traiu quem. Dos meus amigos de infância, conservei poucos e bons. Estes, por mais que eu não tenho contato de longos momentos de lazer e prazer, faço questão de compartilhar um email, enviar um sms, dar uma mexidinha nas redes sociais, parar na rua para perguntar como estão, fazer uma ligação, encontrar num determinado lugar, dar um abraço, um sorriso de satisfação por ver alguém que tem presença em capítulos do livro da minha vida.

Muitas vezes tive vontade de fazer um tantão de coisas. Não fiz. Moro em uma cidade pequena, onde o hobby preferido da galera, é falar da vida alheia. Admiro as pessoas que ligam o botãozinho ‘foda-se’ e abrem mais uma porta da felicidade. Mas não, eu não sou assim. Ou não era. Sei que tenho um nome a zelar, postura e conduta profissional que merece total respeito, bem como uma família meio que tradicional na cidade que nasci, cresci, fiquei um tempo fora e retornei.

Meus últimos 15 dias foram um tanto quanto embaraçosos. Talvez, meu último aniversário tenha sido um dos que mais amadureci em função dos últimos acontecimentos. Não vou me prejudicar, nem decepcionar ninguém que esteja ao meu redor, mas percebi que é hora de mudar, que os anos passam muito rápido e que a minha vida diminui a cada dia que passa. 

Pensar antes de agir é prova de amadurecimento. Bem como descrição. E eu aprendi a ser discreta. Com discrição e cautela, tenho certeza de duas coisas: de que vontade é uma coisa que dá e fica, portanto, é melhor agir porque a vida passa rápido demais, e de que independente das coisas que acontecem, tudo serve de aprendizado para viver um presente que possa ter o passado como exemplo, e um futuro planejado (mesmo que as coisas não fluam como planejado). Erros e acertos fazem parte de uma história de tentativas. No mais, é bola pra frente, que atrás tem uma multidão!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Meu aniversário


Celebro meu aniversário,
Pois para mim é mais que necessário.
Hoje eu quero falar de amor
Passar por cima da dor
E enxergar o mundo com cor.
Quero cenários multicoloridos
Sentimentos não medidos
Jamais esquecidos.
Quero piadas de sabor e arte
Porque alegria faz parte.
Mais saúde na mesa
Contribui para a beleza.
A beleza da vida cantar,
Piruetas rodar,
Bailar e bailar...
Hoje eu quero cantar a vida
Não ser banida
Da existência do amor.
Estarei com minha família
E serei lembrada por amigos
Por Deus escolhidos.
Quero saúde e paz,
Riqueza espiritual
Fora de qualquer ritual.
Vou dar bom dia ao jornaleiro,
Pegar carona na charrete
E assistir arquivos no vídeo cassete.
Arquivos de infância feliz
Que viveu a Thaís!


domingo, 27 de novembro de 2011

Não dá para expressar o amor que sinto por ele...

Quando nasci meu pai era um ser que às vezes aparecia para aplaudir meus últimos lucros. Quando me ia fazendo maior, era uma figura que me ensinava a diferença entre o mau e o bem. Durante minha adolescência era a autoridade que me punha limites a meus desejos. Agora que sou adulta, é o melhor conselheiro e amigo que tenho!


Hoje eu quero pagar uma dívida comigo. Sempre fiquei ‘encucada’ com esta situação, e não sei por qual motivo nunca quitei este débito.

Sempre que meus familiares (e alguns amigos) aniversariam, faço homenagens aqui no blog. E logo com o melhor homem do mundo, passou de liso. No aniversário do papi, eu estava meio impossibilitada de escrever, já que me recuperava de uma cirurgia. No dia dos pais, foi tão atormentado, que deixei passar e nada fiz, nem atrasado.

Mas hoje estou aqui para falar de um homem que foi bom filho, é o excelente marido, o profissional mais honesto (e de referência) que eu e mais um bocado de gente conhece e o melhor pai do mundo!

Mamãe conta uma história, que quando eu era neném, tive um probleminha, que papai apenas sentou na cadeira, abaixou a cabeça, chorou e exclamou: “Por que é com ela, tão pequenininha? Não podia ser comigo?” Sempre me lembro destas histórias que, volta e meia, eles contam.
 
Papai é um grande homem. Sempre tratou minha mãe como princesa. Mas também, pudera... Minha avó era uma rainha! E com os ensinamentos dela, papai construiu a dinastia dele. Anny, minha irmã que nasceu primeiro, tem muitas características dele. E André, o caçula, é a cópia fiel dele (até fisicamente!).  Eu? Ah, eu sou meio torta... Mas tenho o meio termo dele. Inclusive, na parte de ter bom coração. Como o papai, aprendi que é necessário tirar da minha boca, pra alimentar quem realmente precisa.

Recordo-me também de uma situação embaraçosa, de quando eu cursava Jornalismo em MG (2004), e papai sofreu um infarto. Meu Deus, como foi difícil! Eu, numa distancia de mais de 1.000 quilômetros, nada podia fazer pra estar perto, pois foi uma época também, que não tínhamos dinheiro nem para eu visitar minha cidade. Me apeguei com Deus, e de Arcos (cidade que eu morava), enviei TODAS as energias positivas para meu pai. Naquele dia, comecei a ter uma nova concepção de fé. Naquele dia, um monte de coisas que eu pensava que era de valor pra mim, nem foram lembradas. Naquele dia, eu percebi que é impossível medir o amor que eu sinto pelo meu pai. Graças a Deus, tudo foi resolvido. 

Eu olhava a dificuldade que algumas amigas de república tinham para ao menos se comunicar com o pai delas, e achava estranho. Cada vez mais, eu tinha a certeza de ser premiada com o melhor pai do mundo.
Formei-me, voltei para o ES, e perdi minha identidade. Na minha cidade natal, deixei de ser a Thaís, e tornei a “filha jornalista do Dico”. Ah, como ele respirava fundo quando ouvia alguém me identificar desta forma... E eu então? Nem tem como descrever!

O tempo passou, e a ‘jornalista filha do Dico’, tomou o espaço como a ‘Thaís Livramento’, reconhecida por muito esforço do trabalho que realiza no ES desde 2006. Papai (sempre junto com a mamãe) me acompanhou e me apoiou em todas as minhas ações e realizações pessoais e profissionais. Por mais que eu seja cabeça dura, faça tudo o contrário do que ele e mamãe me ensinaram, ele sempre está ali, disposto a me amparar. E como o colo dele é bom...

Mas voltando à minha identidade, outro dia estávamos conversando sobre isso, e eu brinquei sobre ser conhecida em alguns lugares como a filha de alguém, não pelo meu nome. E junto a um sorriso lindo e cheio de orgulho, ele retrucou: "Feliz sou eu, de chegar em alguns lugares e as pessoas me perguntarem se sou o pai da Thaís, a jornalista." Isso já tem algum tempo, mas não me esforço pra esquecer. Ele fica todo ‘fofo’ quando meu irmão chega de Vitória, minha irmã vem pra casa dele e de mamãe, e nos reunimos um dia inteiro. 

Papai e mamãe sempre fizeram de tudo para os filhos. Passaram dificuldades para estudar os três. Graças a Deus, meus irmãos e eu sempre soubemos dar valor. Somos uma família muito feliz e para muitos, referência. O motivo? Fomos educados com amor, nunca participamos de uma discussão dos nossos pais, crescemos vendo nossa mãe cuidando do nosso pai com muito amor, e percebemos que nosso pai soube reconhecer isto. Papai é um grande homem. O maior! É e sempre será o meu herói, a minha referência. Me sinto impotente de não conseguir retribuí-lo da forma que merece, mas arquiteto planos para isto, e coloco meus projetos em prática. O amor que sinto pelo senhor Antonio do Livramento não cabe em mim. Que Deus abençoe meu pai!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma Concepção de Amor

"- Então Charlie Brown, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Feriado Simples

Enquanto estou em outras atividades que não seja desenvolvendo minha profissão, sempre penso no que escrever em “Sinais de Mim”. As idéias fluem de um jeito, que não consigo deixar de pontuar meu pensamento, como se escrevesse. O que complica é quando sento no computador, tudo o que pensei e imaginei postado aqui, some da minha mente. No momento em que isto acontece, é porque só penso em uma coisa: Trabalho!

Como trabalho em frente ao PC, penso que já estou condicionada a sentar à mesa para escrever matérias, revisar textos, escolher as melhores fotos, verificar a caixa de email, conferir as postagens do site e esquematizar pautas para o próximo jornal, que também é revisado por mim. 

Mas hoje fiz diferente. Todos os feriados, pra mim não faz diferença, pois não consigo descansar já que o trabalho me consome um tantão. Ontem eu estava prestes a desligar o computador, uma amiga me chamou no MSN e convidou o Gui e eu para irmos a Mucurici (um balneário muito gostoso, em uma cidade vizinha à minha) comer uma moqueca e passar o dia contemplando a natureza. Sem pestanejar eu já fui logo respondendo que íamos trabalhar. Em seguida ela retrucou: “Vocês estão trabalhando demais, cuidado... A vida tá passando e vocês só se concentram nisso. Há muito o que ser feito por vocês e com vocês”. Agradeci o convite, mas fiquei com isto em mente. É fato que eu já sabia o que minha amiga me alertou, mas parece que quando uma pessoa reforça o que sei, funciona melhor. Será que só é assim comigo? Rsrsrsrsrsrs. 

E assim aconteceu: Hoje pela manhã, acordei pronta pra comandar o fogão. Amo cozinhar, e tudo o que faço é com muito amor e dedicação. Ao acordar, meu marido já não estava em casa, saiu cedo para a empresa. Cozinhei, aprontei, almoçamos e todos aprovaram: Mamãe, Papai, Gui e Henrique (um grande amigo que escolhi para passar o dia comigo). Logo que terminamos de almoçar, o Gui lançou a pergunta: “Você vai pro Jornal que horas?” E sem nenhuma culpa, respondi: “Hoje hora nenhuma. O Henrique passará o dia aqui, vamos fazer bolo e alguns testes na cozinha. Além do mais, preciso descansar”. Ele me olhou com uma cara de insatisfeito, mas não fraquejei.  Passei o dia tricotando com o Henrique, fizemos bolo (e outras gordices mais), sucos naturais, dormimos e fuçamos a net.  Não necessariamente nesta ordem... 

Uma das coisas que conversamos, foi sobre o “Sinais de Mim”, e o incentivei a fazer um blog pra ele, que gostou demais da ideia. Quando fiquei pensando o que escrever aqui, aproveitei meu momento ‘relax’ e descansada, não pestanejei e sai logo digitando tudo o que vinha em mente. Com certeza consegui fazer duas coisas: Atualizar meu blog, em respeito aos meus seguidores e aos demais que aqui vem me visitar (por uma razão ou outra) e dividir com vocês esta coisa bacana que é tão simples, mas fazia mó tempo que eu não vivia. Realmente, as grandes coisas da vida, estão nos detalhes e em momentos/coisas/situações/pessoas simples!

Abaixo, vocês acompanham a deliciosa receita de bolo de coco com cobertura de chocolate feito pelo meu amigo Henrique.

Bolo assando...
Meu amigo Henrique fazendo a cobertura do bolo que já estava assando
Huuummmm... Leite condensado é bom até com giló!
As iniciais dos nossos nomes com coco: Thaís Livramento e Henrique Wandel-Rey


Para acompanhar o bolo de coco, suco natural de abacaxi com hortelã
Atacar, né?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

E viva o Futebol Amador!!!

O São Paulo de Santa Rita está invicto há 15 jogos
Fotos: Júnior Eler
O amigo Júnior Eler, jornalista dos bons, está de férias e, como não tem quase nada pra fazer, resolveu... tcham, tcham, tcham... Trabalhar! Com uma Nikon na mão acompanhou um jogo da Liga Vilavelhense de Futebol Amador, no dia em que o São Paulo de Santa Rita se classificou para a fase de mata-mata e o Divinense de Cristóvão Colombo foi rebaixado para a Segunda Divisão.

O time santaritense sapecou 3 a 1 nos visitantes, gols de Camilo (2) e Ferrugem. O São Paulo, campeão de 2010, está invicto há nada menos que 15 jogos. O time é presidido pelo cartola Marquinho e treinado pelo boa gente Leilson, esportistas que bem podiam dar um pulo aqui no Norte Capixaba para ensinar organização e disciplina para alguns técnicos, jogadores e até alguns políticos.

Depois do jogo aconteceu o tradicional churrasco no Bar do Paulo. Isso tudo num dia em que o lanterna América Mineiro venceu o líder Corinthians pelo Brasileirão por 2 a 1, o Vasco perdeu de 2 a 0 para o Santos (acontece, né?), o Flu ganhou do Inter por 2 a 1 na casa do adversário e o Flamengo massacrou o Cruzeiro por 5 a 1, empurrando o time mineiro para a zona de rebaixamento. Coisas do futebol...


O jogo foi bastante disputado, o que valorizou a vitória do São Paulo

Na cobrança de pênalti perfeita de Camilo, goleiro para um lado, bola para o outro

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quatro anos de Saudades

O dia amanheceu como aquele 03 de novembro de 2007: frio, cinza e ventando. Eu estava gripada como hoje e sentia que minha vida acabaria ali, no instante em que vi meu avô dormir para a eternidade.
Era tão bom chegar perto dele, e ele cochichar em meu ouvido: “Thaíde, minha neta preferida!” e gargalhava ao ver a minha reação de ego mais amaciado do mundo e satisfação... Ele contava histórias que nos fazia rir e refletir perante a sabedoria que era só dele. Ele só esqueceu de contar a única história que até hoje me pergunto porque teve que existir. Enquanto ele dormia pra sempre, eu chegava perto dele e perguntava-lhe porque aquilo precisou acontecer. As respostas não vinham. Eu perguntava a Deus porque aquilo acontecia comigo, e me sentia egoísta ao olhar para o sofá verde que a minha avó estava sentada, e fixava o olhar apenas na janela da sala. O sofrimento da minha avó era tão grande, que deixei meu avô ali, intacto e fui para o lado dela.
Ela acreditava em algo que não queria estar vivendo, e eu não acreditava como uma mulher que viveu ao lado de um homem 49 anos conseguia ser mais forte que eu.
Vovô era tão menino, que quando o médico o contou que ele estava com ‘a doença ruim’ de forma científica, ele agiu normalmente, como se tivesse recebendo a notícia de uma dor de cabeça que passaria assim que tomasse o primeiro analgésico. E foi bem desta forma. O fato dele não assimilar a gravidade que carregava em seu corpo, prolongou seus dias ao meu lado, mas só após algum tempo que percebi isto.
Naquele 2007, eu fazia planos com meu avô para buscá-lo perfumado no dia do meu aniversário, e exatamente 1 mês antes, ele me deixou fisicamente. Naquele 2007, vovô me falava com alegria que estaria no primeiro banco da Igreja no dia do meu casamento, e fisicamente eu não o vi, mas senti a presença do meu coroa ao rezar o ‘Pai Nosso Cantado’ que ele me ensinou.
Todo 03 de novembro lembro do aniversário de três amigos de infância. Há quatro anos lembro que foi exatamente nesta data que meu avô deixou de me contar suas histórias que me faziam rir e que refletem aprendizado para o resto da minha vida. Há quatro anos não consigo conter minhas lágrimas. Há quatro anos sinto uma dor inexplicável, um vazio, um aperto no coração que só eu sei como incomoda. Há quatro anos eu tento imaginar (e não consigo) como será meu reencontro com meu contador de histórias.
Vovô Tião, sei que olha pra mim todos os dias e me protege aí do céu. Meu amor por você só multiplica, meu anjo maior!

Thaís Livramento
03 de novembro de 2011.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Me arrasta

Do acaso surgem encontros
De conversas, estímulos.
Atualmente, ter a atenção de alguém
É incomum.
Falar de amores e desamores?
Bom mesmo é amar e amar.
Amar quem tá junto...
Não sentir a presença
É chave para conhecimentos
Múltiplos.
Múltiplos olhares
Flertes,
Investes.
Em vestes de elogios
Trocas de informações,
Uma viagem marcada,
Datas desviadas,
Cantadas lançadas.
Um almoço prometido
Que será cumprido.
Seu tipo rasta
Me arrasta...
Seu cabelo é massa!

Thaís Livramento
27 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Qual é o conceito de Política?

             Antigamente, nas tribos primitivas mais numerosas, havia um chefe que distribuía justiça e consultava, para decisões mais sérias, um conselho de anciãos, chefes das famílias mais poderosas. A unidade tribal fundamentava-se, em verdade na crença em que todos os seus membros descendiam de um ancestral comum.
          Na obra "Príncipe", Maquiavel defende a constituição de um poderoso Estado, que é colocado acima de qualquer consideração de ordem moral. Tomás Morus, em "Utopia" idealizava uma organização social baseada na igualdade de todos os cidadãos e na existência da propriedade privada e do desemprego.
         Pode ser que você que leu os dois parágrafos acima tenha um conhecimento amplo de 'política' e entenda o 'Ramo das Ciências Sociais'. Se eu insistir com termos do tipo "análise sistemática da estrutura e funcionamento do governo", você que não tem conhecimento vai me criticar dizendo que estou escrevendo 'grego', sem saber que a Grécia foi uma importante doutrina da política da Antiguidade.
          Pelo visto, falei, falei e nada disse, não acha? Na verdade, isso foi intencional. Calma! Não estou fazendo hora com sua cara, na verdade, só quero te alertar que o que fiz no início do texto foi um esquema de discurso político, parecido com os dos candidatos em época de campanha. Falar bonito só é bonito quando é fundamentado e a linguagem deve ser de acordo com o público-alvo.
         Será que você foi alvo de atender ao pedido de um candidato de acordo com o seu plano de governo, por falta de opção, ou porque ele é seu amigo?
          Pense que, como o termo "política" tem uma história, o candidato que você escolheu tem um passado. E mais: política virou politicagem porque o povo age de acordo com interesses pessoais. A 'então' palavrinha de oito letras é bem mais forte e ampla do que você possa imaginar.

Thaís Livramento
11 de outubro de 2004