domingo, 23 de dezembro de 2012

Homenagem aos meus alunos e afilhados



Hoje venho dividir uma grande alegria com vocês: fui escolhida para ser paraninfa de uma turma de Publicidade e Propaganda. Nem precisa dizer que fiquei surpresa e mega feliz, né? A colação de grau que aconteceu dia 21 de dezembro foi linda! Confesso que me emocionei em alguns momentos...
Ausente de ‘normas’ e afins, e um pouco descontraído, elaborei um texto para homenagear meus queridos afilhados publicitários!
Beijocas!!!
Meus afilhados do coração


“Lembro como se fosse hoje a primeira vez que entrei em sala de aula para me apresentar para esta turma. Naquele 2009 eu fui a primeira professora do primeiro período de publicidade e propaganda. E como a primeira vez a gente nunca esquece...

Os olhares eram firmes e cheios de interrogações. Tanto os meus quanto os de vocês. Vocês estavam empolgados, com sede de aprender. E eu, uma mera aprendiz, já sabia que com vocês aprenderia muito. E como aprendi!

Aprendi que em uma sala de aula a relação é muito mais do que ensinar o conteúdo didático. Com vocês, aprendi que lecionando cria-se um elo de afetividade e de invadir outros campos profissionais: algumas vezes atuei como mãe, irmã, amiga, psicóloga e até mesmo como palhaça. Era bom fazer uma piadinha e tirar dos rostos, muitas vezes cansados, um simples e aberto sorriso. 

Ao saber que fui escolhida para ser a madrinha de vocês, tive mais uma confirmação da reciprocidade. Sim, vocês marcaram muito minha vida e jamais vou esquecer de cada instante que vivemos juntos. 

Aline, nunca vou esquecer daquela saladinha de frutas que você vendia nos intervalos. Hoje confesso que embora eu falasse que gostava dela pura, natural, eu sempre quis pedir com leite condensado e não pedia para não pesar a consciência.

Iara, a sua forma de tirar dúvidas é ímpar. Lembro bem de você anotando suas dúvidas durante a aula para tirá-las comigo após o sinal. Independente da forma, você está corretíssima: jamais durma com a dúvida! Pode ter certeza que eu, nada discreta, busco aprimorar meu comportamento para ter ao menos um terço de descrição como você. 

João Vitor, seus óculos de grau o uniforme social com que você chegava em sala de aula ficaram marcados em minha memória, tanto quanto o seu jeito totalmente contraditório de se comportar de forma pessoal: gostar de tatuagens e rock’n’roll, por exemplo, distorce seu comportamento, digamos que inicial. Muito boa a sua camuflagem.

José Lucas, pelo menos durante o meu tempo aqui na Univc, você sempre foi muito discreto, mais calado. Confesso que por várias vezes quis entrar em sua mente para saber o que se passava. Chegava na prova... Bingo! Constatava que assimilava o conteúdo e chegava à conclusão de que quem fala pouco, observa mais e produz um tantão. O campo publicitário precisa muito de cabeças pensantes.

Kauany, seu jeito bobelô é encantador! O que não foi encantador foi a sua fisionomia do dia que eu descobri que o seu irmão é meu amigo. Sim, após este dia seu rendimento melhorou muito em minha disciplina!

Renata, vários momentos são marcantes quando me refiro a você, mas, manter a minha marca registrada de me chamar pelas iniciais ‘TL’ até hoje, é tão significativo quanto o dia que fiz suspense em sala de aula indicando que você tivesse ido mal em minha prova, quando foi a única que a fechou de forma com que ela virasse minha chave de correção.

Stefany, durante as minhas aulas era possível ler em seus olhos a sua preocupação entre associar o tempo para aprender o conteúdo e tomar aquela gelada no bar do Sílvio. Permaneça assim, dividindo seu tempo para o profissional e o lazer e nunca deixando de dar conta do recado!

Taynan, quando você entrou para o curso, já estávamos um pouco avançados com o conteúdo em sala de aula. Isto não te intimidou para estudar e nos acompanhar. No seu primeiro dia de aula nesta turma, lembro que mais respondi suas dúvidas do que toquei a matéria. Este é o caminho: Ousar para atingir o objetivo!

Diovane, Heber, Luciane e Mirian, infelizmente não tive a oportunidade de lecionar para vocês, e quero deixar registrado aqui em público a minha eterna gratidão por terem me aceitado como madrinha. Pelas redes sociais percebi que são muito cativantes. No seminário que esta turma produziu e eu saí de Pinheiros apenas para assistir, concluí que vocês também são muito capazes e criativos. Sabe aquele lance de que as coisas acontecem na hora certa com as pessoas certas? Pois é... Não foi em vão que vocês foram destinados justamente a esta turma! Ah! E digo mais: Estou à disposição para dividirmos conhecimentos de Introdução às Técnicas da Comunicação. Será uma delícia falar para vocês de signo, significado e significante, ao ponto de deixá-los íntimos de Suassure e Peirce!

Bom... Falar de cada um de vocês de forma limitada não é fácil. Assim como é lembrar dos outros colegas que iniciaram o curso e hoje não estão aqui. É difícil também expressar sentimentos. Se fosse fácil descrevê-los, os poetas da escola Romântica teriam se expressado de uma única forma, certo?  

Em minha concepção, falar é uma coisa, escrever é outra e sentir é outra totalmente diferente. O sentir, inclusive, é muito difícil de expressar falando ou escrevendo. Despeço-me aqui, de uma forma escrita e falada. Mas, do que eu sinto por vocês, podem ter certeza que jamais me despedirei. Como diz aquela música muito cantada e dançada pela Cultura de Massa, que é também produto da Indústria Cultural, “Romance é Romance e um lance é um lance”. Mas a parte desta que devo me referir a vocês é a de que amor é amor e este sentimento nunca acaba!

Sucesso para todos vocês e jamais se esqueçam de que mesmo longe, eu estarei sempre aqui!”

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vida = Caixinha de Surpresas!



Em algumas dos meus últimos registros aqui, observei que o intervalo de uma postagem para outra foi grande. Sim, o tempo está curto e não nego a falta de inspiração e disposição para atualizar “Sinais de Mim”. Concordo também que é uma tremenda falta de respeito e consideração com quem passa por aqui para apreciar minhas postagens e também com quem vem conhecer o espaço e pensa estar abandonado. Existem também os que ‘pescoçam’... Peço desculpas aos seguidores e visitantes e friso: o blog não está abandonado!

Observei também, que em meus últimos posts e em fatos vivenciados, tenho sido muito positiva. Só que uma coisa inusitada aconteceu.

Bem... Nos últimos trinta e poucos dias, muitas coisas bacanas aconteceram. Fui convidada a lecionar em uma faculdade, permaneço em uma assessoria parlamentar, reativei meu jornal que estava parado por conta do período eleitoral, viajei bastante, conheci gente bacana, me diverti em ambientes diversificados, disponibilizei mais tempo para minha família, recebi visita de uma grande amiga de infância, comemorei o aniversário do Gui (meu esposo) dia 26 de novembro e celebrei a minha chegada à terceira década da minha vida, dia 03 de dezembro, entre outras situações.

O fato inusitado é o seguinte: resolvi passar por uma consulta médica para saber como está o funcionamento do meu corpo. O médico solicitou alguns exames e fiz. Dias depois, voltei para a revisão e fui surpreendida: tive um exame com resultado não esperado, já o repeti e estou passando por mais alguns, já que a possibilidade de existir uma ‘disfunção’ em mim é grande. 

Chorei muito no dia que soube e nos dias seguintes, e me emociono ao falar sobre o assunto, portanto, não entrarei em detalhes. Não me sinto confortável para, no momento, me expor em rede mundial. O engraçado é que neste mesmo dia, pela manhã, uma senhora que eu nunca vi antes, entrou em uma loja de cosméticos que eu estava escolhendo um presente. Percebi que aquela mulher tinha apenas um seio e em sua cabeça havia novos fios de cabelos. Eu conversei com ela, dei força, fiz de tudo para levantar sua autoestima. E consegui! Quando foi a tarde, soube que existe a possibilidade de eu ter que conviver com algo que com certeza é bem mais fácil do que ter que conviver com um câncer, e ainda tenho dúvidas se será fácil conformar. Sim, enfrentar situações de tudo o que está relacionado à saúde nunca foi fácil. 

Fico aqui pensando: é tão mais fácil quando o problema é com o outro...  E com esta situação que estou passando, percebi que sou discreta, reafirmei que posso ter o apoio da minha família e estou contando com quem eu menos esperava...

Tenho certeza que em algum dia (espero que em um futuro muito próximo), eu fale aqui sobre esta situação hoje que tanto me incomoda. Venci um estágio depressivo e desde então, dou força para pessoas que passam pela mesma situação, mostro para elas que, como eu, também podem vencer. Quem sabe eu também fale com propriedade sobre vencer mais uma dificuldade?

Peço desculpas aos meus poucos e bons amigos que irão ler esta postagem por eu estar calada, mais é que percebi também que tenho dificuldades para falar dos meus problemas. O que me conforta nesta situação toda, é saber que por causa deste problema, eu nasci para amar pessoas que, talvez, viveriam sem saber o que é o amor.


E já que entrei na terceira década... O jeito é assumir!
   Que
esta nova idade me surpreenda com muita positividade!!! \o/





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Super-Ação



Marquim, Fofão, Luciane, Gui, eu, Murillo e Jhessica


Localizada a 22 km de centro de Boa Esperança, a Pedra da Botelha é considerada o cartão postal do Município. O local atrai aventureiros de toda parte para a realização de escaladas, rapel, vôo de parapente, e caminhadas ecológicas. Hoje em Pinheiros é feriado municipal: Dia do Evangélico. Para aproveitar a folga, um grupo de 7 amigos resolveram escalar a Pedra da Botelha, e neste grupo quem estava? Eu mesma! :-) 

Confesso que topei esta aventura mais pelo Gui, que se amarra em esportes radicais e mais uma série de ‘programas de índio’. De tanto eu ouvir dele que sou muito ‘urbaninha’, aos poucos estou mudando por dois motivos: para agradá-lo e para me permitir vivenciar novas situações.

Gui e eu acordamos cedinho para prepararmos lanche, garrafa de água e mega dispostos para completarmos o percurso de 5220 metros de altitude. Como combinado, nos encontramos com o grupo e pegamos estrada. Para chegarmos ‘no pé’ da Pedra da Botelha, gastamos cerca de 1 hora de carro, entre asfalto e estrada de chão. Animados e todos super empolgados para iniciar a aventura, Fofão, que realizou o percurso hoje pela 14ª vez, nos tranquilizou e disse que não era pra ter pra ter pressa, que o bacana da subida era vencer o percurso e estar em contato com a natureza. Ah! Esqueci de 1 detalhe: tirando Fofão, apenas 1 pessoa estava fazendo o percurso pela segunda vez, o resto era todo de marinheiros de primeira viagem. 

Logo no início, já vi que talvez, ‘aquilo’ não fosse para mim. Pensei em desistir antes que o meio do caminho chegasse, mas o grupo não permitiu. Até porque, o trajeto é todo de pedras, mata fechada, muito cipó, pedras lisas e cascalhos, animais selvagens, insetos... Algo que se alguém não fosse voltar comigo, seria impossível. E como eu entendi que era, segui. Entre trancos, barrancos, derrapadas, partes do corpo raladas, muita sede, busca de muita disposição, calor, trabalho em equipe e vontade de chegar logo, completamos o percurso da subida em 1 hora e 50 minutos. 

Ao chegar ao topo da Pedra da Botelha, Todos nós ficamos maravilhados. Fizemos um momento de oração na delícia de estar em contato com a natureza, em um lugar que o homem não modificou. Fiquei impressionada com o jardim das bromélias. Isto mesmo, naquela altitude, nasce lindas bromélias nas pedras, entre outras plantas. Pude encontrar situações que jamais vi de perto. Talvez acreditasse que existia, mas ali eu estava vivenciando e vendo com meus próprios olhos. 

Conhecemos o local, passeamos, tiramos uma pancada de fotos. Mas o cenário natural ‘ofuscava’ qualquer gracinha ou pose que buscávamos. É impossível competir com a natureza! 

Após um passeio de cerca de 1 hora pelo topo, resolvemos descer. Eu já cheguei lá em cima com a seguinte ideia: ‘a subida foi tensa, mas pra descer, todo santo ajuda. ’ Eu só não sabia que estava completamente enganada!

Para descer foi muito mais difícil. Já estávamos cansados da subida, o sol estava fritando a moleira e o corpo todo, nossa água acabou antes da metade do percurso... Teve até quem perdeu a sola dos tênis e até quem os perdeu por inteiro e teve que concluir a descida descalço. Comigo o que aconteceu, foi ter a minha calça descosturada e eu ficar com a calcinha super a mostra! Hahahahahahahaha... É verdade, como desci grande parte do percurso ‘de bunda’, a linha da costura rompeu e deu no que deu! 

Em vários momentos da descida, eu não pensei em desistir, pois sabia que precisava concluir a chegada para ir embora. Se eu desistisse, ia ter que morar ali pra sempre, e como diz o Gui, eu sou muito ‘urbaninha’ pra isto. Confesso que me desesperei em vários momentos, até mais do que na subida. Minhas pernas tremiam, eu perdi o jogo dos braços várias vezes, tive a sensação de desmaio e até chorei. Mas a equipe estava ali comigo o tempo todo. Tipo, todos do grupo encontraram dificuldades (mesmo os mais experientes) mas, quero dividir com vocês a minha experiência.

Após 2 horas e 40 minutos de descida, nem tínhamos força para comemorar, mas, com corpos cansados, enxergamos no rosto de cada um, um imenso sorriso de satisfação. Entramos nos carros e seguimos para nossas casas: cansados, com muito calor e famintos! 

Desta experiência eu tirei a seguinte conclusão, embora dissesse por várias vezes em meus momentos de desespero que nunca mais voltaria lá: após escalar a Pedra da Botelha, passarei a ver a vida com mais atenção, cautela e confiar mais em mim, pois sei que nesta aventura tive uma superação. O próprio Gui disse que em tempos atrás eu nem aceitaria a ideia.

Subir a Botelha não foi fácil, e assim é a vida. Precisamos enxergar bem onde pisamos, nos apoiar em quem realmente confiamos, saber que vamos escorregar e tropeçar, encontrar dificuldades absurdas e não podemos deixá-las tomar conta da gente. As dificuldades existem e devemos agir diante delas com muita sabedoria, por mais que o desespero, choro e fraquezas surjam. Para chegar ao topo, é preciso de garra, perseverança, pessoas confiáveis, entender que somos parte de um conjunto social e saber que é preciso partilhar as coisas na vida, independente do que seja. 

Para iniciarmos um projeto em nossas vidas, às vezes é necessário deixar a experiência que obtivemos sucesso ao chegar no topo, percorrer o caminho de volta – que pode ser mais demorado do que as conquistas – e começar tudo do zero. Voltar pra casa é apenas um detalhe confortável, de que temos um lar com comida, água, roupas limpas, família e um lugar aconchegante para descanso. Muitas vezes, perdemos muito tempo reclamando do que não compensa e esquecemos-nos de ser gratos pela estrutura que temos, que em vista de muitos menos favorecidos economicamente, é aristocrático.

Sei que pode parecer ‘narcisismo’ dizer que reconheci minha superação, mas deixo claro que esta não é uma autopromoção. É apenas uma experiência que levarei comigo para o resto da minha vida, e, como não canso de dizer que o que é bom e faz bem merece ser compartilhado, aqui estou!













segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Horário de Verão




Inicialmente o Horário de Verão me incomoda tanto que resolvi pesquisar sobre a história dele. Descobri que antes de ser adotado no Brasil por questões relacionadas ao baixo custo de energia (o que é uma tremenda utopia!), a ideia de adiantar os relógios para aproveitar melhor as horas de sol foi lançada em 1784 pelo político e inventor americano Benjamin Franklin, numa época em que ainda não existia luz elétrica.

No Brasil, o Horário de Verão foi adotado pela primeira vez em 1931. Desde 1985 o horário de verão é adotado anualmente. 

Se Benjamin Franklin criou o Horário de Verão quando não existia luz elétrica, por que cargas d’água o Brasil adotou este ‘recurso’ quando já estávamos bem acelerados com a invenção de Thomas Edison?

Neste período, os dias se tornam mais longos e as noites mais curtas. Além do mais, o uso de ventiladores e ar condicionado torna-se excessivo, o valor da conta de energia vai lá em cima e a ‘ideologia’ principal do Horário de Verão é a economia do consumo, reduzir os custos... Um tanto quanto contraditório com o objetivo!

Enquanto meu organismo se adapta ao ‘novo fuso anual temporário’, sofro efeitos colaterais. Quando estou começando a me acostumar com esta ideia, o Horário de Verão vai embora. Vai entender, né? E que chegue logo 13 de fevereiro de 2013!