quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O Amor das Cartas de Amor

Embora seja um fato recente, já não é mais tópico inicial da mídia os comentários sobre o fim do casamento dos jornalistas Fátima Bernardes e William Bonner. Quando soube da notícia pela internet, confesso que fiquei pensativa sobre o assunto, mas em nenhum momento triste e boquiaberta como tantos, que, inclusive, chegaram a mencionar que desacreditam no amor.
Fiquei analisando e triste ao observar como existe tanta gente que descredita no amor e quer dosar a própria felicidade nos fatos e acontecimentos da vida alheia. O fato que ‘explodiu’ na mídia há poucos dias (não parei para contar e nem pesquisar quantos), já deixou de ser comentado pelas pessoas que mais se manifestaram e até comportaram luto ao fato.
O amor é um sentimento tão bom e bonito para ser banalizado... As expectativas de buscar no outro, sejam famosos ou anônimos, o amor por meio de tendência, tira a evidência que amar é ‘cafona’ e que poucas pessoas tem coragem de assumir tamanha cafonice e usar o ‘mesmo look’ por tanto tempo. Neste contexto lembro ainda da poesia “Todas as cartas de amor...” de Fernando Pessoa (http://www.releituras.com/fpessoa_cartas.asp).
Ridículo mesmo é deixar de viver e querer tomar conta da vida alheia, interferir de formas negativas em relacionamentos, querer basear sua história na do outro esquecendo-se e que sua vida é única e tem identidade própria, e mais que isto: acreditar que só é possível ser feliz se tiver um companheiro (a) ao seu lado. O amor mais gostoso e verdadeiro é aquele que, depois do de Deus, existe dentro da gente.