Detalhe: Na hora de coloca a aliança, eu errei a mão! Huahsuahushaushaushaus |
Hoje lembrei
de como tudo começou. Estar a 1.080 quilômetros de casa significou mais que
aprendizado acadêmico. Cada pessoa que conheci, marcou, por mais que de flashs
sejam as lembranças.
Eu trabalhava
de forma voluntária na TV Intervalo, da PUC Minas, e ele era funcionário do Núcleo
de Produção (NUP) de Comunicação Social. Eu estudava Jornalismo e ele
Publicidade e Propaganda. Além de trabalhar no NUP, ele era cinegrafista, produzia
e editava 2 programas de entretenimento para a TV Oeste. Como eu estava na
cidade exclusivamente para estudar, e não precisava trabalhar, ele me convidou
a ser repórter voluntária para um dos programas da TV Oeste. Aceitei, já que
aprendizado nunca fez mal a ninguém, pelo contrário.
Nesta época,
a frase ‘sorria que eu estou te filmando’ prevalecia. Do outro lado da lente,
ele acompanhava cada gesto, semblante, passo meu. Nossas realidades financeiras e culturais eram muito diferentes.
Eu achava absurdo ele, além de estudar, ter que trabalhar tanto. Eu só
estudava. Foi percebendo que a alimentação dele estava desfalcada que comecei a
dar atenção a ele, oferecendo lanches e mais um monte de quitutes que eu
preparava em minha república.
Tornamos-nos
amigos. Ele começou a se interessar por mim, porque eu me interessei em cuidar
dele. Eu o enxergava como um cara batalhador e comecei a ter admiração por
aquela figura. Enquanto eu era grata por ele ter me oferecido uma brecha para
minha ‘evolução’ na TV, ele me flertava e eu nem percebia isso. Ou não queria
perceber. O primeiro convite que fiz a ele foi para assistir uma Missa.
Após a Missa, ele me convidou para comer pizza. Sabe Deus onde ele conseguiu dinheiro
para pagar a pizza... O fato é que me impressionou. No mesmo dia que ele pagou
uma pizza pra mim, eu soube que ele já havia passado fome. Aquela foi a pizza
mais gostosa que já comi até hoje!
O tempo
passou, e no dia de uma pauta um tanto quanto confusa, que nem matéria rendeu,
ele me beijou. Fiquei mais confusa que a pauta. Eu usava uma saia branca e
blusa vermelha. Ele eu não lembro. Ele sorria e eu tremia. Mas tremia de frio. Nos
aproximamos muito. Mais beijos. O lance ficou sério. Êita! Falei dele para meus
pais e em seguida fui conhecer a família dele. Na primeira oportunidade, ele
conheceu a minha. Foi a primeira vez que ele conheceu o Espírito Santo. Fomos à
praia. “Que mundão d’água!” – foi isso que ele disse e eu não esqueço.
Veio a
formatura. Ele era o primeiro da fila da turma de Publicidade e Propaganda, e
eu uma das últimas da última fila de Jornalismo. Eu estava feliz por ele e por
mim. Estávamos muito felizes. Voltei para o ES e ele ficou em MG. Sofri. Só
Deus sabe o quanto! Para amenizar meu sofrimento, ele veio embora para o ES. O sentimento
foi aumentando e eu perdendo a dimensão de tanta coisa boa misturada junto. Conseguimos
emprego em Nova Venécia. Um ano depois, voltamos para Pinheiros. Ele abriu a
empresa e firmou na área. Inicialmente era uma produtora de vídeo, hoje é uma
Agência de Publicidade. Não teve por onde correr: casamos! Namoramos 4 anos e 2 dias. A verdade é que namoramos até hoje. A festa do nosso casamento foi tema de como nos conhecemos.
Tivemos desavenças,
muitas. Brigas, tropeços. Crise. Uma crise que serviu mesmo para me reerguer. Estabilizamos.
Entrei em depressão. Passei por trancos e barrancos e ele não me deixou por
isso. Fico emocionada só de lembrar. Outra crise veio, em função de uma
sequencia de acontecimentos ruins em minha vida. Não estávamos tendo tempo um
para o outro. Outra crise, esta mais séria. Reatamos. Hoje completamos 4 anos
de casados e faz valer lembrar de tudo o que passamos, que por pior que tenha sido, serviu para nos unirmos mais e amadurecermos nosso relacionamento. Tudo o que vivemos foi maravilhoso! Que venham outras crises, porque eu já estou preparada para elas. Mas
que antes das tempestades, venham as bonanças com mais cores, sabores e amores! Feliz Bodas de
Frutas e Flores para nós!!!