segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tempos Modernos

Meus  muitos e curtos últimos meses tem sido um tanto quanto corridos. Direto me pego em meio a atividades domésticas, jornalísticas e no exercício de lecionar, muitas vezes tudo junto e misturado, e nem sempre seguindo uma mesma ordem. Mas hoje parei para registrar o que sempre reflito.
Hoje foi um dia diferente. Minha ‘então’ secretária do lar, em cerca de cinco meses de serviços prestados em minha casa, em três vezes por semana, faltou. Avisou que chegaria mais tarde em plena segunda-feira, e não sei por que cargas d’água desligou o celular, antes de me comunicar que não compareceria.
Meu marido e eu estamos de viagem marcada para quarta-feira e eu preciso deixar muitas coisas do jornal adiantado. Tem aquela parte também que é importante marcar salão para ajeitar cabelos, unhas, sobrancelha... Coisas de mulher que gosta de se sentir bem – não só quando vai viajar. Mas parece que quando vou viajar, o tempo fica mais corrido, e acredito que isto não seja só comigo. Por este motivo, cumpri horário na manicure e pedicure, e enquanto meus pés recebiam um trato, ocupei minhas mãos e mente corrigindo provas – que graças a Deus e ao bom senso e dedicação dos meus alunos, não eram muitas!
Cheguei em casa, tava tudo daquele jeito: o findi foi badalado e algumas muitas coisas precisavam ser colocadas no lugar. Sem contar a parte da limpeza... Liguei pra mamãe e garanti almoço gostoso! J Após o almoço, dedicação às atividades do Jornal. Após... Desci do salto, lavei a ‘cara’ pra tirar o que restava do pó compacto, coloquei uma roupa daquelas que mulheres que dão faxina sabem como é e parti pro abraço! A cada cômodo limpo e cheiroso, me dava um prêmio. Quem me conhece sabe bem que, embora eu saiba (e muito bem!) limpar casa, meu forte sempre foi cozinhar.

Enquanto eu tomava banho, a lanchonete preparava meu lanche. Claro que me recusei a preparar, se quer, um café na cozinha que deixei impecável! Ainda não tenho filhos, e enquanto eu procurava um comprimido de relaxante muscular na gaveta, pensava no tal lance dos Direitos Iguais para as Mulheres... 


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quadrilha


Quatro massas,
Quatro queijos,
Quatro já é formação de quadrilha.
Tem quadrilha e fogueira no bairro amanhã.
Dependendo do bairro, será um fogueteiro só
Se a quadrilha estiver.
Este ano é ano eleitoral,
Tem quadrilha liderando por mais quatro anos.


09 de julho de 2014



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Pré-Maturo


Tudo iniciou com o acaso, citações de Raulzito e empolgação entre duas almas quentes, mas frias de carentes. Encontros e desencontros pelas manhãs, tardes e às vezes noites que nos proporcionaram aproximação mesmo que distantes.
O toque da numerologia fez de nós apreciadores do número da perfeição. Sete é bíblico. Sete foi a primeira data que cruzamos e fixamos nossos olhares pela primeira vez, embora a data de comemoração seja vinte e oito. Se somarmos 2+8 temos 10 no resultado. 1+0 = 1. ‘Um’nico! Era isto o que representava para mim até o sete prevalecer ao oitavo mês.
Penso que o sete é tão perfeito e tão nosso que, que no sétimo mês recebi revelações e provações de que não posso mais falar sobre a sua unicidade.  Uma conversa aqui, outra ali e limitados encontros que acredito não terem sido mais que sete.
Nestes sete meses aprendi que não se deve amar tão rápido, principalmente uma figura que está presente nas histórias em quadrinhos de finais felizes. Você é real, mas, não se faz presente em minha vida. De personagem, à figurante...
Hoje aprendi uma palavra nova: Aporema! O significado dela me remete aos nossos comportamentos... Enquanto ouço ‘Gatinha Manhosa’ e lembro-me de você, você ouve ‘Ricardão Apaixonado’ e lembra-se de mim. Contraditório, não? Mas é, embora discuta.
É muito cômodo que você não questione fatos importantes para quem tem ocelos, mesmo que neste duelo o inseto não se refira a mim. Os mosquitos são insetos que possuem ocelos. Falando de insetos e ocelos separadamente, prefiro os ocelos. Nada disto, falei primeiro!
Mesmo que possa estar relacionado à parte dos insetos, sujeira não seria a palavra ideal para conceituar suas atitudes. Posso conceituá-las como imaturas por saber que você tem uma vida inteira pela frente para amadurecê-la no processo evolutivo. Eu sei, eu sei... Em alguns aspectos os homens não evoluem tanto quanto as mulheres.  Não custa tentar.
Posso conceituá-las como imaturas também, ao fazer alusão aos bebês que nascem no sétimo mês de gestação. Neste período não estive para diversão. Quanto a você, paciência. Perdoar sete vezes sete não cabe a uma pecadora que também não permite que com ela se pinte o sete.



Thaís Livramento
(26/07/2010)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

EmCantos

Enfeitiçar por meio de supostas operações mágicas, criar funções de um estímulo em função do que esteja em torno, se encantar por meio de uma reação externa, provocar a sensação de interesse intenso e buscar neste o que é bom, agradável ou maravilhoso. Tudo isto está associado ao significado encantar.
Mais do que coisas/objetos, o que me encanta são pessoas. Sorrisos, olhares, ações, atitudes do bem, carinho, abraços, beijos, atenção... É muito o e em que me encanta.
O que desencanta também entristece. Decepciona. Desaponta. E até causa desilusão, e ilusão é o contrário de desilusão. Ilusão é a troca da aspecto legítimo por uma ideia falsa. A ilusão cega a razão para que não seja possível discernir a realidade dos fatos. Como o encanto, a ilusão pode ser causada por elementos externos.
Em “Ilusión”, Julieta Venegas encanta ao cantar com Marisa Monte. Em uma melodia verdadeira e real, e timbre suave, é possível viajar quando é contada uma história que uma vez existiu uma ilusão e que se foi por não saber o que fazer...
Muito do que encanta ilude, e tudo que ilude encanta. É desencantador estar ao telefone e a ligação ser interrompida, bem como é bom receber outra, do nada - e já esperada – com uma satisfação do que possivelmente aconteceu. Ilusório é saber que as coisas podem, mas não irão mudar. ‘Elo de ligação’ é redundante, bem como saber que as coisas não irão mudar. E talvez, nem possam.
Mudanças também me encantam, mesmo quando iludem. Não me encanta estar em cantos diferentes.



Segue vídeo para 'deliciação' de "Ilusión". 





sábado, 5 de julho de 2014

Quando




Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos,
Quando sinto cheiros,
Quando escuto uma voz,
Quando me lembro do passado,
Eu sinto saudades...

Thaís Livramento
15 de setembro de 2010

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Da gente



Distância é algo tão ruim... Tanta gente que tá perto e é distante, tanta gente que tá longe e é presente, e uma gente que tá longe e promete presença. Nem sempre cumpre. Ou deixou de cumprir.
A verdade é que os encurtadores de distância favorecem e desfavorecem. Uma vez que você tá acostumado com a presença distante, favorece. Outra é quando a ausência começa a prevalecer. Gente por gente, todo mundo tem. Ou este tipo nem é. Gente da gente é outro nível.
Gente da gente fala como a gente, ouve como a gente, se diverte como a gente, come como a gente, bebe como a gente e sente que deu bom no só a gente sabe. Gente que, como eu, também já tem gente.
Me pego refletindo e lembrando situações, acontecimentos. Bate uma saudade... É tão bom estar perto de quem se parece com a gente... Falo as coisas sem pensar, ajo sem medir e vivo intensamente. Sou oculta, concordo. Ou nem sou. Concordo também. Já disse até que quero ser franca...
Sou verdadeira. Sou intensa. Sou gente.