terça-feira, 23 de agosto de 2011

Plunct Plact Zum!

Gente, eu nunca imaginei receber um presente como este.
Meu irmão Júnior Eler sabe bem o que é magia. Este jornalista encanta a mulherada por onde passa, e fascina a única irmã que tem: Eu!
Leio e releio este presente que está incluído entre os poucos e melhores que já recebi. 

Nós, após cobertura jornalística

Tempos atrás Thais Livramento me contou um sonho que eu, sinceramente, desejei ter sonhado. Ela estava nada mais nada menos que na Plunct Plact Zum, a nave construída pelo doido do Raulzito e pilotada pelo, claro, piloto oficial doidaraço Seu Moço! Putz grila... Imaginei a Livramento, o Raul e Seu Moço num mesmo ambiente e, ave maria, numa nave espacial.

Ah, eu na Plunct Plact Zum... Seu Moço, meu chegado! Chegue aí, não me deixe aqui! Eu sei, meu camarada, que tem tanta estrela por aí... Mas como não chegou a minha vez ainda, talvez por inveja, tirei essa história da cabeça. Então a Carimbadora Maluca da Thaís foi submetida (que palavra esquisita) a uma cirurgia. Entrou no bisturi morrendo de medo. Até pediu oração pra ateu. Eu! Hehehe!

Deixei os seres imaginários de lado, por enquanto, e chamei minha irmãzona – ou Irmã Zona – no pensamento. Essa moça é tão grandona, tão gatona, tão amada, tão mandona. Com rima e tudo, fui lembrando da danada. Mas dá nada. Thais se especializou na arte de pecar sem sentir culpa, rir sem motivo, “fazer comédia no cinema com as suas leis”. Quando a conheci, chorava pra beber, e bebia até chorar. E foram nas butecâncias mesmo que construímos uma amizade – feita com sinceridade e muito, muito efeito etílico, de fermentadas e destiladas. Bebidas de todas as cores, sentimento sem dores, um brinde aos amores, e mais um tantão de conversa de bêbado pra aproveitar a rima.

Guinna, meu bródi, conhecido nas linhas clandestinas como o ‘Gui da Pochete’, mais dia menos dia será canonizado. É ele quem assina o B.O. Thais é casada com o cabra, que laçou lá num tal de Sertãozinho do Trem Bão. Mas esse texto tá é meio chato. Vou enfiar uns palavrões, daí vai ficar melhorzim. Então tá. Guinna, aprendiz de vigarista, morava lá no Cu de Minas e achou que Thais era rica. Coitado. E essa também engana bem. Um enganou o outro (será?) bem lá na tal da facul. Entre uma cachaçada e outra, se formaram, casaram, mudaram e foram parar em Pinheiros, a terra do Antônio da Emater. Êta prefeitão... Terra também de Maria Aparecida Pereira e Seu Antônio, os santos escolhidos pelos Céus para cuidar da Thaís. Porque pra cuidar dela tem que ser mesmo santo.

Tão sutil quanto um elefante numa loja de cristais, Thais foi entrando na minha vida, achando atalhos num coração marginal de moço vadio, e acabou impregnando uma concepção toda especial de família. Já me fez sair de Sãma, com seus rios, mar, encontros de rios com mar, para ir a Pinheiros ganhar um abraço dela e de tudo que a cerca. Daí eu fico, fico, fico, até começar a conversar sobre receitas – então dou um quebra de asa. Aí também já é demais. Macho é macho. Não conversa sobre receitas.

Ah, a Thais. Tem alma que brilha, é sensível como toda mulher de verdade e batalhadora como todo ser guerreiro. É da guerra e é da paz. Às vezes não consegue distinguir uma coisa da outra. Mas aí tanto faz. É mãe sem ainda ter parido. É filha única mesmo tendo mais irmãos. É única num planeta de 200 bilhões de habitantes.  É dona de empresa de publicidade e de jornal e continua quebrada quem nem Jó. Tem um marido apaixonado, uma família honrada e um milhão de amigos. Mesmo assim às vezes chora reclamando que tá sozinha no mundo. Vai entender...

O fato é que lembrei da jagunça de Pinhas e imaginei sua cara de desespero ao olhar pro tal do bisturi. Fechei os olhos e transformei o bisturi numa rosa azul. Dormi tranquilo e feliz. Ela eu não sei. Mas as notícias foram chegando e não eram as que esperávamos. Liguei pro Guinna e reclamei: “Puta merda Guinna, ainda não foi dessa vez que nos livramos da megera!”. Nosso plano deu todo errado. Dizem que todo doido é imortal...

E ela tá de volta. Beijando, abraçando, afagando, zangando, fazendo ecoar seu sorriso pelos quatro cantos do Vale do Cricaré e da Doce Terra Morena. Ah, o ar da nossa aldeia...

E a noite virou dia, que virou noite, depois novamente essa putaria e estava eu, no quintal de casa na Ilha, deitado na rede olhando pro Céu minguante quando lembrei do sonho da Thaís. “Filha da puta!”. Danada essa menina. Me contou o seu maior segredo secreto e eu nem tinha me dado conta. Quando ela some, finge que vai ver bisturis e coisas do tipo, na verdade tá é agarradinha passeando na Plunct Plact Zum. E pelo que conheço da fera, nessas alturas Seu Moço certamente já fica jogando pôquer com um anjo embriagado na asa da nave – e do lado de fora – enquanto Thais assume o controle da bagaceira. Isso tudo ao som de Raulzito e numa velocidade de milhões de anos-luz.

Bem, até que não chega a minha vez de entrar nessa nave que a Thais tem cadeira cativa, vou perseguindo meu sonho surfando de carona na calda de um cometa. No rastro da Plunct Plact Zum. O que, acreditem, também é uma viagem e tanto.

E vamos partindo sem problema algum. E sim, não sabemos pra onde vamos. Mas foda-se. É só apertar os cintos “e boa viagem”.

Júnior Eler

7 comentários:

  1. Anônimo10:44

    Doido é doido, fazer o quê?

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  2. Anônimo11:09

    Agnaldo Costa...

    Essas loucuras me deixa preocupado...

    Sera que isso pega?

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  3. Anônimo e Gui, 'doidêra' é indiscutível e loucura pega não. A gente já nasce doido com/pra ela. Eler e eu somos irmão porque temos 'loucura' no DNA... rsrsrsrsrsrs

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  4. Oi amiga,

    Que presentão gostoso , heim!!
    Ter um amigo, irmazão desse é bom demais!!
    Então conserve essa amizade, pois parece
    ser muito gostosa!!

    beijos tenha uma ótima noite!!

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  5. Anônimo20:04

    Que texto mais emocionante...e o melhor de tudo...sem perder a graça....
    bj
    Ananda

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  6. Ah que tão lindo! Amei, amei como ele te descreve!

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  7. Haha! Muito bom. Bem que vc me avisou pra ler! Sensacional homenagem. Parabéns pelo amigo e pela amizade! bjoca

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