Sempre haverá uma canção
cantando tudo de mim, mas só eu mesma sei contar os fatos sobre mim. Outro dia
me peguei pensando em como poderiam ser os movimentos de rotação e translação.
Na medida em que a gente
se movimenta, o nosso mundo vai girando e fluindo ao redor do que fazemos.
Várias pessoas chegam para mim e me indagam como posso estar bem em maior parte
do tempo. Refleti sobre isto e me observei mais, e a resposta está nas ações
de minhas tantas reboladas de 360 graus.
É preciso estar em
movimentos circulares o tempo todo para driblarmos as maldades que existem no
mundo. Em outros tempos, jamais deixaria passar qualquer mensagem lançada no ar
que pudesse ser associada a mim, e já saía devolvendo para os ares sensações de
defesas que só me faziam mesmo gastar energia. Era tão ferida que tinha a
necessidade de projetar as feridas.
Por algum tempo vivi
acostumada com tratamentos estúpidos, ao ponto de querer me convencer de que
aquilo era uma normalidade e ter admiração por bons tratamentos, enquanto eles
não passavam de um fato normal.
Para que eu enxergasse
estas coisas, precisei iniciar um processo de transição que deve ser avaliado e
atualizado dia após dia. É fato de que nenhuma pessoa ferida se cura projetando
a sua dor nos outros, mas, a troco de quê alguém te fere sem que você faça o
mesmo? É bem aí que surgem as possibilidades de passarmos por situações mesmo sem
querermos ou percebermos.
Lembro que eu me sentia
triste por não saber lidar com tais contextos e para me proteger, aumentava a
tensão em uma relação que vivia comigo mesma. E como me fazia mal... Me
frustrava e a dor que eu sentia por dentro, era diminuída na medida em que eu
me ‘acostumava’ com tal situação – hora penso que por medo, hora por comodismo.
Abrir o meu coração para
mim mesma sem medo de que ele fosse quebrado, foi o primeiro passo para eu
iniciar o desenvolvimento de um amor próprio grande (tão grande, mais tão
grande!), que minha autoestima elevada já foi confundida algumas vezes com
metidez e ‘se achança’. Hahahahahahahaha... - Sou fã destes termos que crio dia
após dia, bem do jeito que sou fã de mim mesma!
Dar um tempo com o coração
é diferente de fechá-lo para as relações. Mas, quando se trata de uma relação
consigo, deveria ser algo proibido, uma vez que o amor próprio pode ser a
solução de muitos por centos de problemas que não sabemos que temos, e nem como
resolvê-los.
Concordei com cada palavra que aqui foi dita. Uma atitude bastante assertiva, num mundo repleto de comportamentos ainda tat primitivos. Um beijinho para si e continue com esse positivismo, porque este planeta bem precisa.
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