sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Monólogo Comigo




Choro a toa. Não nego e nem tenho vergonha de dizer.
Quando você encontra uma pedra de diamante, se não lapidá-la não terá o mesmo valor quando encontrada em uma loja, pronta pra comprar.
O mesmo acontece comigo... Preciso ser lapidada para que o artista saiba exatamente onde estão minhas ondulações e resíduos.
Se você que tem um caminho mais vasto e amplo que o meu e não me deixar a par de algumas coisas, mesmo que estas coisas estejam relacionadas aos seus desejos, não saberei como me dar cm você.
Sou tímida, tenho vergonha... Enfim! Somos contraditórios.
A maioria das vezes te questionarei sim, mas, por 'n' motivos... Sejam eles de barreiras que eu mesmo criei ou por imaturidade.
Até mesmo burrice, eu diria...  Mas por charminho não!
Tenho jeito de menina, adoraria ser uma eterna criança, mas sou uma mulher. A verdade é que sou uma mulher travada.
Não estou me caracterizando nem me qualificando como uma pedra preciosa... Mas tenho o meu valor.
Agora é a mulher que está falando, não a menininha que você maquiou. Agora sou eu, depois libero para que fale!
Se você for comprar um diamante e seu dinheiro não der, voltará em outra oportunidade se realmente quiser o diamante. O mesmo é comigo... Você pode conseguir ultrapassar as suas expectativas, desde que elas também estejam em meu script. Ou você pensa que também não fantasio cenas?
Está enganado sobre uma série de coisas ao meu respeito, Mr. Robson!
Charminho é diferente de muitos comportamentos que tenho.
Se digo não, é não. Se digo 'não sei', realmente não sei. Pode ser que eu esteja pensando em dizer 'sim' com medo de errar, mas, não pense que deixarei de dizer 'não' com medo de te magoar... Isto jamais!
Sei que vou te magoar sim... Mas se te magoar será por algo impensado.
Sou compulsiva, mas sou racional por mais que meus pensamentos nem sempre se encaixem com a situação. Por mais cabeça dura que eu seja...
Sou uma menina que pensa adiante, ou seja: sou mulher. Sou uma mulher que gostaria de ter vivido a vida inteira na fase da infância, mas, as fases passam.
Como lagarta, em meu casulo ganhei asas, embora isto não queira dizer que sou livre para qualquer coisa. Pelo contrário: sei que a borboleta tem tempo de vida determinado e por sinal, um tempo muito curto.

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