sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Feira Livre é Parte da Cultura Pinheirense


 
 
 
Por volta das 4hs da manhã de sábado, os feirantes começam a chegar às proximidades do Mercado Municipal para armar as bancas que cuidadosamente serão arrumadas com frutas, verduras, hortaliças, iguarias derivadas de produtos desta terra, corante, pimenta, grãos e cereais, carnes, enfim, variados alimentos cultivados por produtores rurais da conhecida Capital da Fruta por ter economia com destaque para a fruticultura no portal da região Doce Terra Morena.







 
Dona Iraci com seu filho e neto 
 Dona Iraci Gonçalves Miranda, 79 anos disse que morou em Pinheiros durante 14 anos e que foi a primeira barraqueira da feira. “Antes a feira era perto da praça em frente à Prefeitura. Isso tem muitos anos e aquela imagem que vemos hoje está toda modificada. Trabalhando ali vendendo bolo, biscoito, café e minhas costuras criei meus oito filhos. Sempre que venho de Linhares visito a feira para papear com os velhos amigos e fazer compras. Tudo isso me traz muita felicidade!” – contou com entusiasmo.
Os primeiros raios de sol despertam a movimentação de pessoas que pouco a pouco consome o silêncio de um novo dia. Esta é a rotina que há anos se repete aos sábados para os moradores de Pinheiros, a procura de menor preço e melhor qualidade de alimentos da tradicional feira livre que faz parte da cultura deste Município. “Para mim sábado é dia de feira! Quando criança ajudava meu pai vender feijão, farinha e mandioca que ele produzia na roça. Não deixo de comprar aqui porque esta feira valoriza os produtos cultivados aqui e o pequeno produtor que trabalha com dignidade e seriedade. No Espírito Santo esta é uma das feiras mais bonitas e organizadas” – declarou o funcionário público
Nilson Pereira dos Santos, 50 anos.

Oportunidades







Diones aproveita o sábado para garantir uma graninha
Além de proporcionar preços baixos, bem-estar e interação, assumindo uma mutação constante, rumo à conquista de novos clientes, a feira conta muito para o aspecto econômico do Município, pois é fonte de renda desde o giro interno do capital
à geração de emprego. “Como não tenho um emprego fixo, a forma que consegui para ganhar um extra foi vendendo roupas usadas em bom estado na frente do mercado enquanto termina a reforma. Não sei onde vou ficar quando a construção terminar e acredito que meu bazar seja bom, porque muita gente compra comigo” – falou Laurinda de Jesus Freitas.
O estudante Dione Jesus Souza, 10 anos começou a fazer frete há um ano. Ele disse que chega à feira às 5hs e sai por volta das 11hs e que além de conhecer vários lugares com o trabalho que faz, compra roupa, merenda na escola, brinquedos e ajuda em casa quando precisa. “É bom chegar cedo porque tem umas donas que vem bem cedinho, aí eu pergunto onde que é para entregar a compra e falo o preço que varia de um a cinco reais. Faço assim porque tem lugar que é mais longe, e por isso é mais caro. Gosto de fazer frete porque fico conhecendo um monte de lugares e ainda tem sábado que dá para tirar até vinte reais” – contou.
Vista parcial de parte da feira livre

Então, isto aí é apenas um 'esboço' da riqueza cultural do meu Município!!!
Fotos e texto By TL

Bjocas e ótimo findi a todos!!!
TL.



2 comentários:

  1. Bela matéria. Deu até saudade de uma boa feira assim cheia de cores e sabores. Só fiquei com uma dúvida enorme: aí não tem pastel???? Em Sampa, se não tem pastel, não tem feira... hehe. bjão

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  2. Na feira livre de Pinheiros não existe esta tradição do pastel. Aqui as coisas são mais concentradas na agricultura familiar, na produção artesanal, produção de pequenos produtores e assentamentos... Essas paradas tipo assim, derivadas do campo, da roça, sacou?

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